Sensores em parabrisa de blindado

Em sequência às matérias da série “Entendendo a blindagem automotiva”, trazemos desta vez uma matéria que trata da aplicação e comportamento dos sensores presentes nos parabrisas de veículos blindados.

Atualmente com bastante frequência, encontramos veículos com algum tipo de sensor ou câmera presentes no parabrisa. Estes sensores podem realizar desde funções básicas como sensor crepuscular (para ativação automática dos faróis e lanternas do veículo), sensor de chuva (para ativação automática do sistema de limpeza dos vidros), à até câmeras que auxiliam as centrais eletrônicas de controle de estabilidade, alerta de mudança de faixa, frenagem autônoma emergencial, entre outros.

Estes sensores foram desenvolvidos para operarem em parabrisas convencionais, com características e espessura específicas. Como já tratado em outra matéria, sets de vidros com propriedades balísticas possuem uma intercalação de vidros e polímeros e esta particularidade inibe o funcionamento de sensores, como por exemplo do sensor de chuva. De uma forma geral, sensores crepusculares mantém a sua funcionalidade, bem como alguns modelos de câmeras.

Com a exigência pelo mercado do funcionamento dos sensores de chuva nos blindados, os fabricantes de sets de vidros com propriedades balísticas desenvolveram uma técnica denominada “recorte”, que consiste em não aplicar o chamado pacote balístico na região de montagem do sensor.

Ou seja, esta área do “recorte” simula a condição original, onde o sensor é aplicado apenas à uma simples lâmina de vidro. Em termos de proteção balística, fica claro que esta área pode estar desprotegida e para eliminar a vulnerabilidade, a solução utilizada pelas blindadoras foi a aplicação de uma espécie de escudo confeccionado em aço com alguma particularidade em sua fixação.

Portanto, na hora de blindar o seu veículo, procure sempre priorizar a sua segurança e de sua família ao invés do pleno conforto. Um carro blindado é um carro modificado, que deve garantir a sua proteção. A priorização de itens de conforto como sensor de chuva funcional, abertura de vidros de portas traseiras (vide matéria publicada), teto solar (vide matéria publicada), entre outros, podem eventualmente comprometer uma adequada proteção.