Blindagem do Teto Solar

Trazemos a 4ª matéria da série “Entendendo a blindagem automotiva”,  que desta vez tratará do tema blindagem do Teto Solar. Tema bastante polêmico em uma blindagem automotiva, o teto solar, item obrigatório na visão da maioria dos compradores de carro de luxo, pode ser um ponto de atenção que torna um veículo blindado vulnerável.

Por motivos óbvios, um veículo selecionado para receber uma blindagem balística, jamais deveria possuir o sistema de teto solar. A sua abertura tornaria o veículo vulnerável. Atualmente quando disponibilizado por poucas montadoras, os veículos já blindados de fábrica não contam com este dispositivo.

Em muitos veículos, não há distância suficiente entre o vidro do teto solar e a cortina, que permita a montagem de um novo vidro com características balísticas do tipo nível IIIA (nível de blindagem mais comum encontrado no mercado), sem que se impeça o funcionamento da cortina. A solução encontrada pelo mercado até então, era a fabricação um pacote balístico que ao ser agregado ao vidro original proporcionava a proteção balística.

No entanto na maioria das vezes, face à questão mencionada da limitação da distância entre a cortina e o teto solar, esse conjunto (pacote balístico + vidro original) não alcançava o nível de blindagem III-A. Neste caso o nível da blindagem do veículo deveria passar a estar limitado à região de menor nível de blindagem, no caso a do teto solar, mas infelizmente esta informação não parecia ser repassada ao contratante da blindagem por certa parcela de empresas de blindagem.

Desde a divulgação pelo Exército Brasileiro da Portaria 55 – COLOG em julho deste ano (vide matéria específica), passou a ser proibido o uso da solução do pacote balístico agregado ao vidro original, sendo necessária a substituição do vidro original por outro com propriedades balísticas, na opção pela manutenção da transparência, ou ainda, opaco onde é perdida a transparência (melhor solução técnica). Além disso, a Portaria aponta que o teto solar obrigatoriamente passa a ser FIXO, perdendo totalmente a sua funcionalidade.

Ainda assim, existem outras dificuldades técnicas quanto à blindagem do teto solar, que deve ser acompanhada por overlaps específicos que garantam a segurança dos ocupantes (sobreposição de materiais – vide matéria específica).